Em encontro nesta terça-feira (11) em Brasília, chefes de estados decidiram apoiar a Reforma da Previdência se alguns pontos forem modificados, como: retirar do texto o regime de capitalização; manter as regras atuais de aposentadoria rural; manter as regras atuais de concessão do Benefício de Prestação Continuada (BPC), pago a idosos e a deficientes carentes.
A discussão aconteceu durante a 5ª Reunião do Fórum de Governadores, onde 25 dos 27 governadores participaram.
Foi colocado ainda ao relator, que os governadores querem uma redução da idade mínima de aposentadoria das professoras que estão na ativa para 55 anos. O projeto do governo estabelece idade mínima de 60 anos.
Ibaneis Rocha, governador do Distrito Federal falou que no caso da aposentadoria de policiais militares é preciso “eliminar privilégios”.
“Hoje temos policiais militares se aposentando com 45 anos, o que torna [a Previdência] inviável, porque pagamos muito mais a aposentados e pensionistas do que para quem está na ativa”.
Ibaneis diz que mesmo que haja uma transição, a ideia é aumentar a idade para a aposentadoria de policiais militares, agentes penitenciários e do Corpo de Bombeiros.
“Essas questões são importantes para todos os estados, porque se não tiver o benefício continuado nós teremos pobres em todo local o país. Quem vai cuidar dessas pessoas são estados e municípios. Não adianta fazer uma reforma que não tenha efeito na previdência dos estados”, acrescentou, Ibaneis ao reforçar a proposta de incluir estados e municípios na redação final da proposta.
Os governadores também querem convencer suas bancadas a apoiar a manutenção de Estados e municípios na proposta, ou seja, garantir que as regras impostas para o âmbito federal também valham para o estadual e municipal, sem que seja necessário que cada cidade ou Estado faça sua própria reforma.
Foto: Pedro H Carvalho/Agência Brasil
