Sabemos qual Estado queremos? – artigo do Deputado Gabriel Souza

Artigo do Deputado Estadual Gabriel Souza (RS) para o Jornal do Comércio

Na biografia que redigiu sobre Steve Jobs – obra de nome homônimo – o jornalista Walter Isaacson conta que Jobs refutava as tradicionais “pesquisas de mercado”, utilizadas comumente para conhecer as preferências dos consumidores. Isso não se devia à eventual incapacidade da toda poderosa Apple em custeá-las, mas simplesmente porque Jobs não acreditava que as pessoas sabiam o que iriam querer no futuro. Assim, ele criava os produtos – muitos dos quais, direta ou indiretamente, boa parte da população do planeta utiliza atualmente – sem pesquisar o mercado, mas sim baseado no que acreditava ser útil para as pessoas.

Esse interessante método jobiano nos faz refletir sobre uma pergunta: será que sabemos o que queremos para o futuro? Melhorando a questão, será que sabemos o que iremos precisar no futuro? Arrisco a acreditar que não. E isso não se aplica apenas aos produtos que consumimos, mas também ao País em que vivemos.

A década atual mostra bem isso. Manifestações populares contra governos de esquerda e de direita estão ocorrendo em todas as partes do mundo. Mesmo em um país com indicadores econômicos acima da média continental – me refiro ao Chile – grande parte da sociedade está insatisfeita. Os mais apressados poderiam acusar o modelo liberal daquele Estado, mas logo haveria a resposta que a mesma insatisfação vem ocorrendo nos modelos opostos, como a Venezuela, onde o intervencionista impera.

Afinal, qual a causa dessas insatisfações? E qual o modelo de Estado deveria ser construído para saná-las? Eis as perguntas que ninguém ainda conseguiu responder concretamente.

Em “The Triumph of Injustice” (O triunfo da injustiça), Emmanuel Saez e Gabriel Zucman apontam a injustiça tributária como uma das causas. Proporcionalmente, ricos pagam menos impostos que os pobres, o que aprofunda a desigualdade social. Isso se dá pelo modelo de capitalismo que adotamos – distante do liberalismo clássico – onde os governos acabam por pesar o tributo sobre o consumo, salário e os bens de capital, isentando o lucro, em especial o especulativo.

Eis aqui um grande desafio para a classe política do século XXI: formular um modelo de Estado que, mesmo sem a sociedade conseguir definir exatamente qual seria, possa atender os anseios das pessoas e alcançar a harmonia social.

 

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