A senadora Simone Tebet (MS) e o deputado Baleia Rossi (SP) se reuniram, nesta quarta-feira (24), em Brasília, na sede diretório nacional do MDB para conversar sobre ações conjuntas. Os dois se posicionaram contra o fim dos pisos de Saúde e Educação previstos na PEC Emergencial.
É o primeiro encontro entre os dois após as eleições no Congresso. A conversa ocorreu um dia após a decisão da Executiva Nacional do MDB em estender os mandatos de Baleia e de todos integrantes da Executiva e do diretório nacional do MDB até outubro de 2022. O objetivo é acelerar a organização do partido para as eleições .
Na reunião da Executiva, diversos integrantes do MDB avaliaram como positiva as candidaturas de Baleia, na Câmara, e Simone, no Senado. De modo geral, concluiu-se que o partido conseguiu marcar uma posição importante apesar de não ter sido vitorioso.
Dentro das suas respectivas bancadas, Simone e Baleia querem atuar em defesa da postura de independência do partido nas votações. A primeira ação de ambos é não permitir o fim dos pisos de Saúde e Educação na votação da PEC Emergencial, cuja apreciação começará pelo Senado.
“Por ter excelente formação jurídica e ter presidido a Comissão de Justiça nos últimos dois anos, a senadora Simone Tebet tem convicção de que não podemos alterar Constituição para acabar com os pisos. Concordo com ela. Respeitando a opinião de todos, vamos trabalhar para o partido votar unido no caso”, disse Baleia.
Para o presidente do MDB, Simone tem forte inserção na opinião pública e um histórico de defesa de democracia fora e dentro do partido. Em entrevista nesta quinta, Simone exaltou a base do partido na construção de posicionamentos. “É um partido de base, que quem fala mais alto é a sua militância”, disse Simone.
Nesta quarta-feira, o presidente do MDB falou sobre o assunto com o líder do MDB no Senado, Eduardo Braga (AM), cuja posição também é contrária ao fim dos pisos de Saúde e Educação.
Baleia também se manifestou no Twitter: “Não podemos colocar em risco o ensino público com o novo Fundeb. Menos ainda comprometer gastos do SUS numa pandemia”.
