Com a experiência de quem já comandou o Congresso Nacional e foi ministro de Estado, o deputado federal Eunício Oliveira (MDB-CE) analisou o papel do MDB no processo de redemocratização, que completa quatro décadas neste ano.
“Falar sobre democracia me enche de alegria. Sou de um partido que lutou por tudo isso, o MDB, que completa 60 anos em 2026. Sempre defendendo e sustentando a democracia brasileira”, disse Eunício em entrevista à TV Câmara.
Em 15 janeiro de 1985, a chapa do MDB – formada por Tancredo Neves e José Sarney -foi eleita para o comando da Presidência da República. Em 15 de março, Sarney tomou posse interinamente devido à doença de Tancredo, que faleceu em abril daquele ano.
Eunício contou que começou a militar no MDB observando a atuação do grupo Autênticos, cujas primeiras reuniões ocorreram a partir de 1970. Também deputado pelo MDB do Ceará, Paes de Andrade era um dos líderes do grupo.
“Após o ativismo estudantil, fui trabalhar com 14 anos. Trabalhei na Fábrica Fortaleza, depois vim para Brasília. Acompanhava as reuniões do grupo autêntico do MDB, na casa do pai do Paes de Andrade”, explicou o deputado em entrevista a TV Câmara.
Assista à integra de entrevista: https://www.youtube.com/watch?v=p8wq1q_hSZM&list=PLitz1J-q25kOqU5iEq0I8POxmGKLZ8o81&index=6
Eunício explica que, ao contrário do que costuma apregoar alguns adversários do partido, “o MDB nunca foi oposição consentida”. “Tinha os moderados e os autênticos. Dr. Ulysses Guimarães fazia o equilíbrio entre esses grupos”, contou.
Ele também comentou o processo da Assembleia Nacional Constituinte de 1987-1988. “Foi o momento mais rico da nossa história. A Constituição teve muitos artigos porque foi resultado de concessões necessárias. Mas era preciso, para termos uma Constituição verdadeiramente democrática e cidadã”, afirmou.
Além de deputado federal, Eunício é presidente do MDB do Ceará e integrante da Executiva Nacional do MDB como primeiro-secretário-ajunto.
